Hall da Fama dá a Michael Jordan nesta sexta-feira o carimbo definitivo de mito
Maior jogador de todos os tempos ganha homenagem em Springfield. Turma de 2009 tem ainda craques como John Stockton e David Robinson
Foi justamente numa sexta-feira que tudo começou. Em 26 de outubro de 1984, um garoto ainda franzino, mas de explosão atlética que já impressionava, anotou 16 pontos e distribuiu sete assistências em sua estreia na NBA, ajudando o Chicago Bulls a vencer o Washington Bullets por 109 a 93. De lá para cá, 1.293 outras sextas-feiras viram o menino se transformar em mito. E esta, 11 de setembro de 2009, vai lhe dar o carimbo definitivo. Aos 46 anos, Michael Jordan entra oficialmente para o Hall da Fama do basquete. Difícil é saber se a honra é maior para ele ou para a instituição.
Considerado o maior da história a quicar uma bola laranja, Jordan será homenageado nesta noite duranta a tradicional cerimônia em Springfield, nos Estados Unidos. A turma de 2009 se completa com outros nomes de peso, entre eles John Stockton, David Robinson e Jerry Sloan, mas não adianta: todos os olhos estarão voltados para o sujeito careca de 1,98m e - nem os mitos são de ferro - alguns quilos a mais, fruto dos seis anos longe das quadras.
O ex-ala-armador carrega para o Hall de Springfield um currículo invejável: seis títulos da NBA, cinco troféus de MVP, seis prêmios de melhor jogador das finais, 14 aparições em All-Star Games, um prêmio de calouro do ano, um de maior defensor, duas vitórias no torneio de enterradas, 32.292 pontos, 6.672 rebotes, 5.633 assistências... isso só para listar alguns números da liga profissional, e sem contar as inúmeras jogadas fantásticas que encantaram o público mundo afora durante 16 temporadas.
Além da NBA, Jordan ainda tem um título universitário, pela Carolina do Norte, quando fez a cesta do título, e dois ouros olímpicos (1984 e 1992). Neste último, em Barcelona, deu show com o Dream Team original.
Michael não teve tapete vermelho quando chegou à NBA. Foi escolhido pelo Chicago Bulls apenas na terceira posição do Draft de 1984, atrás dos pivôs Hakeem Olajuwon (Houston) e Sam Bowie (Portland). Olajuwon também brilhou como profissional, mas Bowie pagou um preço alto pelas lesões e acabou sendo considerado uma das maiores farsas da história do Draft.
Até alcançar o primeiro título com os Bulls, Jordan penou durante seis anos. No sétimo, em 1991, chegou ao topo, derrotando o Los Angeles Lakers de Magic Johnson na final. Dali em diante, não parou mais. Em 1992, a vítima foi o Portland, com direito a uma incrível chuva de arremessos de três no jogo 1 da decisão. Em 1993, Jordan deixou John Paxson ser o herói da final contra o Phoenix Suns - o pequeno armador acertou a bola do título.
Na temporada 1993-94, a primeira aposentadoria. Abalado com o assassinato do pai, Jordan abandonou o basquete e tentou a sorte no beisebol, assinando contrato com o Chicago White Sox. Não deu certo. Sem ele, os Bulls também falharam na NBA, eliminados pelo New York Knicks nos playoffs. Pois o craque resolveu voltar. Após uma temporada de improviso em 1994-95, o caminho dos títulos foi retomado.
Com a adição de Michael e do reboteiro Dennis Rodman, o Chicago fez uma campanha histórica em 1996, com 72 vitórias e apenas 10 derrotas na fase regular. O quarto título da franquia veio contra o Seattle SuperSonics. Nos dois anos seguintes, o maior rival era o Utah Jazz de John Stockton - que também entra para o Hall da Fama nesta sexta - e Karl Malone.
No jogo 5 da decisão de 1997, com a série empatada em 2 a 2, um jogo memorável. Jordan atuou com febre e desidratado por causa de um vírus estomacal. Mesmo assim, deu show com 38 pontos e deixou a quadra sob aplausos, carregado pelo fiel escudeiro Scottie Pippen.
A final de 1998 marcou o topo da carreira do camisa 23. A bola do título no jogo 6, com um chute de média distância após driblar Bryon Russell, poderia ser eternizada como o último arremesso de uma carreira inigualável.
Mas Jordan ainda voltaria às quadras após dois anos de pausa. Com a camisa do Washington Wizards, ele disputou duas temporadas antes de se aposentar em definitivo. Teve momentos de brilho, mas não conseguiu avançar aos playoffs. A despedida foi no dia 16 de abril de 2003, com 16 pontos diante do Philadelphia 76ers.
Como dirigente, Jordan jamais repetiu a categoria que tinha como jogador. Pelo Washington, foi o autor de decisões questionáveis, como escolher na primeira posição do Draft o pivô Kwame Brown, que nunca deu certo na NBA. Depois virou acionista do Charlotte Bobcats, onde permanece até hoje, ainda tentando levar a equipe ao mata-mata.
Nada que apague os anos de glória. Eternizado no Hall da Fama, Jordan não será lembrado pelas canetadas tortas como dirigente. E sim como o maior jogador a pisar numa quadra de basquete em todos os tempos. Em Springfield, uma sexta-feira para a História.
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Fonte: Fórum Outerspace... User: Idomingos
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CTRC e V no post que postei na Outer: Mito demais, mas acho Magic melhor (por achar mesmo e por ser torcedor dos Lakers), mas ele e Bird jogavam demais, muito, muito mesmo!!!
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