Luta 07 - Camus de Aquário vs Faraó de Esfinge

Luta a espera de julgamento.
Todas as demais lutas foram WO.

Julgamento – Kamus de Aquário VS Faraó de esfinge
Valores:
Interpretação:50
Táticas de luta:20
Texto:20
Estética:10

Totalizando em 100 pontos.


Kamus de Aquário

Interpretação
Apesar de ter vacilado em alguns momentos, seguiu a personalidade do Kamus na maioria das vezes. Soube demonstrar os sentimentos do personagem, expor seus pensamentos e sua visão sobre a situação que fora imposta ao Aquariano. Sem delongas, atacou quando sentiu a necessidade de tal feito, perdendo sua característica fria poucas vezes. Só pecou um pouco no começo do primeiro post explicando com detalhes exagerados o enredo daquela luta. Creio que não precisava tanto afinal, todos sabem como Kamus retornou a vida e os seus propósitos. Uma descrição tão detalhada se encaixaria mais caso o enredo fosse contrário ou diferente do que foi apresentado na série.
Pontuação: 34

Táticas de luta:
Apenas atacou com o pó de diamante. Nada demais. Não houve oportunidade para desenvolver este quesito na luta.
Pontuação: 5

Texto:
Soube aplicar bem as palavras, apresentando pouquíssimos erros de gramática e Ortografia. Não irei dizer que fora uma narração perfeita, mas apresentaram erros que não interferiram na compreensão da mesma.
Pontuação: 18

Estética:
Cores harmonizadas com o personagem, fontes legíveis, e uma ótima organização. Você melhorou bastante neste quesito.
Pontuação: 9

Faraó de Esfinge:

Interpretação:
Foi uma interpretação boa, apresentou as características principais de um espectro, creio que o próprio faraó teria reagido mais ou menos da mesma forma nesta situação. Soube ser prepotente, arrogante e cruel. Porém, Faraó não possui somente estas características. Posso comparar sua interpretação com um carro. Você possui o motor, as rodas, o volante, mas ainda não tem uma carroceria tão boa (mó papo de mecânico). Faltaram detalhes na sua interpretação, uma coisa que é bastante difícil de fazer quando se está lidando com um espectro que teve uma participação muito breve como o Faraó.
Pontuação: 30

Táticas de Luta:
Foi bem aqui. Não hesitou em tirar a vida de Kamus com sua balança da maldição. Todavia, esta não obteve o resultado esperado, e diante de um contra ataque, foi obrigado a usar seu instrumento como uma espécie de escudo, o que pôde reduzir os danos da investida do inimigo. Porém, creio que os danos que a Harpa sofreria seriam maiores.
Pontuação: 7

Texto:
Algo bem redigido, porém, em muitas partes houve um excessivo uso de redundância. Escreveu muito para dizer pouca coisa, ou repetia a mesma informação do parágrafo anterior só que com outras palavras, a famosa expressão “enchendo lingüiça”. Sempre bom ler seu post antes de postar, para evitar esse tipo de erro, que transforma sua interpretação em algo chato de se ler e às vezes confusa. No restante, foi bem, gramática e ortografia com erros mínimos.
Pontuação: 12

Estética:
Apesar de algumas cores estarem em harmonia com o personagem, estas não se harmonizam entre si. A cor da narração ficou extremamente feia quando colocada perto do púrpuro que você usou nas falas. Claro, o púrpuro representa a face obscura do Faraó e o tom areia ou sei lá o que lembra bastante deserto, Egito, coisas relacionadas com toda a mitologia do faraó e da esfinge.
Também não entendi o porquê do branco nos pensamentos e o vermelho nas aspas. Essa parte não só ficou feia como também estranha. Reveja os tons que você usa na sua interpretação, apenas um conselho ;P
Pontuação: 6

Total:
Kamus de Aquário: 34 + 5 + 18 + 9 = 66
Faraó de esfinge: 30 + 7 + 12 + 6 = 55

Vencedor – Kamus de Aquário

Como me pediram, vai ai o rejulgamente da luta em questao.

Bem, primeiro eu quero ressaltar, que o que fazemos aqui, é nada mais do que um texto narrativo. O gênero narrativo, a sua tipologia textual, é norteado por diversas regras que o caracterizam e o definem dos outros gêneros textuais. Mas a maior característica de um texto narrativo, é que ele deve contar uma história do ponto de vista do seu narrador. E aqui, o narrador é o personagem que nós nos responsabilizamos por interpretar. Ou seja, além exprimir o nosso juízo de gosto e valores (o que é impossível não acontecer, pois não existe texto imparcial), ainda temos a obrigação de exprimir o juízo de valor do personagem que usamos. A narração, e não apenas a fala e o pensamento, deve seguir as características do personagem em questão, primando, assim, por uma interpretação mais coerente. Por exemplo: eu jamais vou poder narrar uma historia como Afrodite, e depois narrar a mesma história, do mesmo jeito, como Ikki.

Então depois dessa breve explanação, vamos ao que interessa:

Julgamento: Kamus de Aquário VS. Faraó de Esfinge

Julgamento – Kamus de Aquário VS Faraó de esfinge
Valores:
Interpretação:50
Táticas de luta:20
Texto:20
Estética:10

Totalizando em 100 pontos.

Kamus de Aquário:

Interpretação:
Os pontos positivos é que mostrou a frieza do aquariano diante de um inimigo, a forma como ele lida com os problemas, não se deixando envolver, não se deixando perder a calma. Ok. Mas foi uma interpretação mediana, básica, com pontos bons, e ruins. Mas creio que, por interpretar um Cavaleiro de Ouro, era esperado bem mais. Foi uma interpretação “crua”, não senti o Kamus de Aquário naquelas linhas, naquelas falas e naqueles pensamentos. Kamus é conhecido como “A alma quente escondida atrás do frio eterno!”. Ele é uma dura muralha de gelo, mas que esconde um coração valoroso e uma alma capaz de se emocionar. Nesse enredo, o Cavaleiro de Aquário estava em uma situação de profunda dor. É um dos Cavaleiros mais leais à Athena, e agora tinha que vestir o traje do tão odiado inimigo, jurar fidelidade a ele, lutar contra seus “irmãos de armas” e ainda sobre um pretexto tenebroso: assassinar Athena. Por mais aparentemente calmo que Kamus seja, isso seria suficiente para derrubar seu emocional. E eu não senti isso. Simplesmente não reconheci o Cavaleiro de Aquário. Acho que o texto seco não contribuiu também, mas falo disso mais tarde. E vale lembrar, que Kamus não é necessariamente frio, ou grosso, ou arrogante. Kamus é indiferente. É a típica pessoa “blazé”. E quem é assim, usa isso para mascarar emoções mais cálidas, mais humanas, que julgam serem fraquezas. Não acho que você conseguiu passar nada disso. Mostrou mais um Kamus frio, ríspido, aquele típico homem “curto e grosso”. E ele não é assim. Kamus é um gentleman, um homem fino e culto. Lembrando também, que ele é francês. Franceses são, em geral, quando bem educados, finos, cultos, e sim, indiferentes. O nome blazé já é francês. Enfim. Foi uma interpretação mediana, sem grandes detalhes, sem mostrar muito da alma, do íntimo do personagem. Poderia ter sim muito mais explorado, principalmente com Kamus, que é um personagem magnífico, cheio de dramas internos e com muito material para se trabalhar.

Pontuação: 25

Táticas de Luta:
Aqui vou ser breve e vou falar sobre dois pontos:
1- Kamus tinha uma missão a cumprir, e tinha pressa para fazê-lo. Por mais que ele seja um Cavaleiro de Ouro, o “Pó de Diamante” é uma técnica fraca, e eu creio que Kamus, por sua inteligência, não iria subjugar um Espectro de Hades, principalmente o guardiã de uma Prisão (cargo importante). Então, creio que por ter pressa, e por conhecer o inimigo, uma “Execução Aurora” seria bem mais coerente.
2- Fez Kamus escapar da “Balança da Maldição” fácil demais. Apenas descreveu de forma superficial os possíveis efeitos que o cavaleiro começou a sentir, e logo depois, já se recuperou imediatamente e partiu para o ataque. A Balança da Maldição é uma técnica interessante, porque afeta o psicológico, o emocional, os nervos do inimigo. Não creio que o aquariano conseguiria se livrar tão fácil assim e sem seqüelas.

Pontuação: 2

Texto:
Vou começar falando que os erros de português e de ortografia não foram muito relevantes, nada que comprometesse a clareza do texto. Mas enfim. Uma peça textual, principalmente narrativa, não se sustenta só de estrutura gramatical. Eu faço Comunicação – Jornalismo, e posso afirmar que, o principal de um texto, seja ele de gênero narrativo, dissertativo, argumentativo, jornalístico, publicitário, teatral, jurídico, enfim, é informar, é transmitir de forma clara o que se deseja passar. Se você tentou passar os sentimentos do personagem, falhou. Minha professora de Laboratório de Produção Textual já dizia que fazer um bom texto é quase como um parto. Dói. Você tem escrever e escrever, até se aproximar da perfeição. Um texto deve ser claro e direto, sim. Mas isso não implica em um texto seco, que trave a leitura. E eu achei o seu texto assim. Não me foi agradável de ler da forma como você escreveu e organizou as sentenças. Não tem elementos de coesão entre as ações. Ficou uma coisa estranha, artificial demais, como uma receita de um bolo. Você apenas lançou os ingredientes da ação. E também não teve sentenças bonitas, que fizesse o texto ser, além de gramaticalmente correto, esteticamente belo e agradável de se ler. Não senti o Kamus na narração. Foi tão pobre de detalhes, que poderia ser a narrativa de qualquer outro personagem. Você poderia ter explorado muito mais, mostrado o ponto de vista do Cavaleiro de Aquário.

Pontuação: 10

P.s. Dei 10 porque foi um texto mediano, ficou na media. Nao ta ruim, mas tb nao me impressionou em nada.

Estética:

Gostei da escolha das cores. Combinou bem com o personagem. Teve noção de estética, escolhendo cores adequadas e sóbrias, que compõe a vestimenta do Cavaleiro de Aquário e combinam com ele. Só não gostei muito da centralização que você faz.

Pontuação: 9



Faraó de Esfinge:

Interpretação:
Quero começar expressando que eu acho que deve ser difícil interpretar um personagem desse, contando que a sua participação na série foi pequena. Por isso, vou me ater aos detalhes da sua inter, porque acredito que, numa situação dessa, na qual o personagem não possui marcas gritantes que o caracterizam claramente, creio que o valor da inter esteja nos detalhes, no que você conseguiu (ou deveria ter conseguido) mostrar através de nuances.

Acho interessante analisar o personagem Faraó de Esfinge, e logo a interpretação do player, através da própria etimologia do nome do Espectro. Eram intitulados como Faraós os reis (com estatuto de deuses) no Antigo Egito. Veja bem. Faraós eram reis com status divinos. Pessoas arrogantes, mesquinhas, muitas vezes cruéis e impiedosas, pois acreditavam que tudo o que faziam era justo e bom, portanto, não reconheciam a maldade de seus atos. Faraó de Esfinge não se distancia disso. Acho que o player conseguiu buscar nas entranhas do personagem, a capacidade de desenvolve-lo até além do que esperado (devido à falta de material). Mostrou um Faraó arrogante, petulante e altivo. Quero detalhar essa arrogância. Existe diferença entre a arrogância do Faraó, e a indiferença do Kamus que eu falei no julgamento. Kamus, por ser sábio, é indiferente e não arrogante, porque aquele que se torna arrogante e cheio se soberba, se torna cego, incapaz de reconhecer os perigos que o cercam. É aquele velho ditado: o erro do inteligente é achar que todo mundo é burro. E eu gostei como foi mostrado isso. A arrogância de Faraó o levaria a subestimar qualquer oponente, e foi muito apropriado o player ter mostrado isso. Achei interessantíssimas as referências a música. Faraó é um dos guerreiros menestréis da série, e música é a sua paixão, e essa característica não podia ter sido deixada de lado, assim como não foi, já que as referencias a música e melodia estão bem presentes. Mas acho que você podia ter buscado mais das raízes egípcias do Faraó. A cultura egípcia é muito forte, viva e marcante (isso se reflete, inclusive, na Sapuris do Espectro, que ostenta uma serpente na tiara). Seria muito apropriado ter ressuscitado, ter trago ao texto, seja em forma de narração, fala ou pensamento, vestígios dessa cultura. Acho que você pecou em não fazer isso.

Pontuação: 35

P.s. Mesmo com pouco material, conseguiu fazer vir a tona características do Faraó de Esfinge. Arrogante, petulante e altivo, como os próprios reis do antigo Egito. Consegui perceber a aproximação do personagem com os faraós do passado através dessas peculiaridades. Gostei muito da atenção que deu a musica. Acho que podia ter abordado mais a cultura egípcia, uma vez que isso tornaria a interpretação do personagem mais crível.

Táticas de luta:
Fez o que o Faraó faria: atacou com a Balança da Maldição sem hesitar. Quando viu que seu ataque falhara, usou sua harpa para se defender. Também acho crível, já que na série ele fez o mesmo contra os ataques de Seiya. Seria muito mais inverossímil se tentasse desviar de outra forma. Só acho que deveria ter mostrado mais os efeitos do Pó de Diamante, que apesar de não ser um ataque forte, era lançado por um Cavaleiro de Ouro, mestre no comando do gelo. Falhou nesse ponto.

Pontuação: 10

Texto:
Lembrando mais uma vez que, os erros gramaticais e ortográficos que encontrei são irrelevantes. Mas vamos ao texto em sim. Como já disse, a principal função de um texto é ser claro. Mas não se deve confundir clareza com crueza. Um texto claro, não é necessariamente um texto simplista, objetivo e cru. É preciso ter, no texto, elementos, estruturas narrativas, que embelezem a obra, que chamem atenção. Sejam comparações, hipérboles, metonímias e etc. E eu consegui sentir nesse texto, na grande maioria das vezes, a clareza aliada a beleza das frases. Por exemplo:

“A beleza decrépita que tomava conta de todo o Castelo era indiferente e única, cuja arte sincronizava-se com a tão especiosa melodia que soava da harpa do espectro de Hades”.

Uma grande sacada ter comparado duas formas de arte. A arte estrutural e escultural que se encontrava no Castelo de Hades, com a arte da música.

Outro ponto a ser destacado no texto, foi a descrição. Uma descrição bem feita enriquece um texto, pois consegue aproximar o leitor do objeto que está sendo descrito. Mais do que isso, gostei da estratégia de descrição, pois no caso do personagem Faraó de Esfinge, a descrição não aparece ai como mero elemento textual. Faraó é um músico, um artista. E alguém que consiga manusear tal arte, como a arte de tocar uma harpa de forma magistral, possui uma alma sensível as coisas. E apenas um artista, alguém de alma sensível, conseguiria descrever de forma tão detalhada e com riqueza de palavras, algo que pareça tão simples aos olhos de outros.

Só chamar atenção de uma coisa, é mais um conselho. Gostei da forma como escreveu, apesar de ter tido alguns erros de coesão textual, concordância e tal, mas achei um texto bonito, bem escrito, agradável de se ler, e fez bom uso de elementos textuais, como a descrição. Mas cuidado para não acabar tornando o texto rebuscado e erudito demais, isso acaba fazendo o leitor se cansar da leitura.

Pontuação: 16

Estética:
Questão muito pessoal e que leva em conto muito juízo de valores. Então não vou me atear a se eu gostei das cores ou não.

Usou cores que combinam com o personagem e que ficam em sintonia com ele (como o tom de areia para a narração, por exemplo). Tirou a cor púrpura do cosmo do Faraó, então ok.

O branco na narração é uma cor neutra, então não trouxe grandes problemas, mas creio que você podia ter explorado outra cor ai.

Pontuação: 7

Total Geral:
Kamus de Aquário: 25+2+10+9 = 46
Faraó de Esfinge: 35+10+16+7 = 68

Vencedor: Faraó de Esfinge